JOHN GRAY: "NãO Há SalVação da EsPécie HuMana, MaS NenHuma SalVaçãO é NeCessáRia

"MISTICISMO SEM DEUS"

Autor de 17 livros traduzidos para mais de 30 idiomas, o filósofo britânico John Gray defende que a maior fronteira para a humanidade é a ilusão da teleologia, a crença de que haveria um propósito na vida e que este seria descoberto por meio do conhecimento ou da revelação. 

Segundo o autor, por causa da busca por esse sentido ilusório – “propósito ou progresso” - seja de forma religiosa ou secular, temos nos torturado e destruído uns aos outros através da história. Gray, então, propõe o que ele chama de "Misticismo sem deus" ("Godless mysticism"), uma atitude contemplativa frente à vida, que nos permitiria agradecer o que surgisse em nossas histórias:

“O misticismo sem deus não oferece uma fuga do fim ou da tragédia, sequer torna a beleza algo eterno. Ele não dissolve os conflitos internos em um falso oceano de quietude. Tudo que ele oferece é apenas ser.”

John Gray é o próximo conferencista do Fronteiras Do Pensamento. Atenção para as datas: o filósofo sobe ao palco do Teatro Cetip, em São Paulo, nesta segunda-feira (06). Em Porto Alegre, Gray fala ao público do Salão de Atos da UFRGS, na quarta-feira (08). As vagas para o Fronteiras 2015 estão esgotadas.

O texto acima está postado no FaceBook Fronteiras do Pensamento. O post rendeu vários comentários, como o que segue abaixo de Plácido De Assis Alves. 

“Caramba! Como pode alguém ter a pretensão de ocultar definitivamente algo que é explicito na natureza e que qualquer pessoa normal e em sã consciência, percebe e sente em todo o momento por estar onipresente numa co existência com tudo que tem vida, inclusive na formatação da própria existência singular do individuo que o percebe.

“A pergunta correta seria. Como curar uma criatura de sua deficiência perceptiva e torná-la um ser humano normal biologicamente.
Não se trata de fé ou necessidade de criação de um sentido ilusório para que nos remeta a soluções dos nossos medos e incertezas da nossa própria existência.

“Trata-se de insuficiência sensoriais e perceptivas da natureza biológica da qual somos formados fundamentalmente por herança genética e sua evolução.
Daí para frente torna se impossível capacitar um individuo (curar) a um estado normal com suas experiências dentro do seu UNIVERSO.

“Caramba! Como pode alguém ter a pretensão de ocultar definitivamente algo que é explicito na natureza e que qualquer pessoa normal e em sã consciência, percebe e sente em todo o momento por estar onipresente numa co existência com tudo que tem vida, inclusive na formatação da própria existência singular do individuo que o percebe. Acho que isso que estamos vendo neste mural e uma convocação a tornarmos em seres anormais e deficientes das nossas capacidades cognitivas mediante ao nosso intelecto.

“Crer em Deus não é unicamente uma questão de acreditar naquilo que não enxergamos ou sentimos, está mais para uma questão de bom senso com a capacidade de reagir às irritações dos estímulos externos do recipiente em que estamos inseridos. Seja esse recipiente físico ou psicológico. Um mundo conceitual de matérias ou subjetivos. A cada segundo algo fora da nossa compreensão e conhecimento esta acontecendo bem ali diante dos nossos olhos. Um universo de eventos significativos capazes de nos estimular e remeter a uma abstração que nos enriquece, amplia e coloca nos além dos cinco sentidos biológicos com grandezas significantes de uma evolução compreensível e palpável da imensidão do espaço e tempo e conhecimento e reconhecimento da nossa própria grandeza existencial que vai além da simples e limitada percepção biologia.

“Negar a existência de Deus e semelhante a auto diagnosticarmos insuficiência perceptiva, e pior e excluir qualquer possibilidade de tratamento. E dizer a si mesmo que não há prognostico. Um suicídio intelectual restrito a unicamente uma vida das manifestações biológicas.
No entanto concordo que há uma grande confusão relacionada à percepção da existência de Deus devido à dificuldade de se organizar com o intelecto cultural.

“Daí a consistência do fundamentalismo e politeísmo existente na humanidade. Mas... Seguramente afirmo que isso será resolvido através do tempo e a disseminações globalizadas das informações culturais. E só uma questão de tempo e eu particularmente aposto na capacidade humana de se evoluir. Eu acredito em Nos! Assim como tenho certeza que Deus o NOSSO criador também acredita na obra de suas mãos.

“Inverto aqui nossa forma de pensar em Deus com uma forma muito mais sensata do nosso Universo visível e perceptível existencial da realidade quantitativa do alcance em nosso recipiente que já chegou até as estrelas distantes anos luz; e digo. Não devemos esperar tudo de Deus, mas crer que Ele espera tudo de NOS.

“Um grande abraço JOHN GRAY e me desculpe não tenho a intenção de ofendê-lo, mas suas ideias falam muito ao seu respeito unicamente. Um grande abraço Fronteiras Do Pensamento e um bom dia a todos. (por Plácido De Assis Alves)